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Magia Divina

Magia Divina

O que é Magia?

Magia é o ato de evocar poderes e mistérios divinos e coloca-los em ação, beneficiando-nos ou aos nossos semelhantes.

Muitas são as magias já reveladas e abertas ao plano material da vida. Há magias astrológicas. lunares, solares, elementais, espiri­tuais, telúricas, aquáticas, ígneas, eolicas, minerais etc.

Ninguém sabe ao certo quem as recebeu e as iniciou no plano material. Mas grandes iniciados cujos nomes se imortalizaram na história religiosa, iniciática, esotérica e ocultista da humanidade, com certeza foram os responsavcis por elas e foram os seus doadores.

Pois todo grande iniciado é um mensageiro Divino e traz em si atributos e atribuições divinas não encontradas nas outras pessoas, as quais beneficiam com suas revelações.

Todo grande iniciado já encarna preparado em espirito, e tudo para ele é tão natural que, dispensando os procedimentos religiosos. magisticos, ocultistas ou iniciaticos existentes, dá início aos “seus” pró prios procedimentos, pois traz em si uma outorga divina e é iniciador natural das pessoas que se afinizam com ele e o adota como tal.

Só ativa ou desativa magias quem já ti ver sido iniciado magisticamente, porque as divindades só reconhecem como aptos para este mistério quem cumpriu as etapas iniciáticas estabelecidas por seu iniciador.

• Magia é o ato de ativar ou desativar mistérios de Deus..

• Magia é a ‘‘manipulação’’ metital, energét ica, elemental e na­tural de mistérios e poderes Divinos.

• Macia é o ato de a partir de um ritual evocatório especifico ativar energias e mistérios que só assim são colocados em ação.

• Nagia é um procedimento paralelo aos religiosos ou mesmo parte deles.

Este texto foi extraido do livro “Ä Magia Divina das Velas” (editora Madras / Rubens Saraceni), como definição do que é magia, para darmos inicio a uma coluna mensal sobre a magia de Umbanda e Magias em geral, que em muito contribuirá para compreendermos os procedimentos magisticos adotados por muitas das entidades que atuam na corrente astral de Umbanda Sagrada.

Pai Rubens Saraceni.

Elementos de Magia

Nós, mentores responsáveis pela linha do conheci­mento do Ritual de Umbanda Sagrada, às vezes (muitas para ser franco) nos sentimos magoados com a falta de explicação acerca dos elementos de magia, pois ela é de competência dos pais e mães de Umbanda. Infelizmente, eles têm dedicado tão pouca atenção a esse assunto, que muitos Guias de Lei (espíritos atuantes na incorporação) sentem-se constrangidos quando têm de “receitar” certas obrigações aos consulentes das tendas onde atuam.

Sim, existe um descaso total nesse aspecto, e isso tem dado farta munição aos adversários religiosos da Umbanda, e mesmo do Candomblé, pois esse desconhecimento de causa pelos próprios médiuns os tem impedido de sustentarem suas próprias praticas mediúnicas, todas fundamentadas na movimentação de elementos mágicos ou magísticos.

Mágico = movimentação de energias

Magístico = ativação de processos mágicos

Quantos médiuns não desconhecem o próprio significado das velas coloridas que acendem aos seus orixás?

Quantos não desconhecem o porquê da queima de pólvora ou dos banhos de ervas ou de sal grosso?

Quantos fazem obrigações, mas intuitivamente, porque desconhecem seus reais fundamentos?

Quantos não cantam os “pontos”, mas sem convicção ou vibração, só porque desconhecem seus fundamentos ocultos, seus poderes vibratórios e magísticos, e mesmo, seus valores rituais?

Quantos, ao fazerem um “despacho”, não se sentem constrangidos, pois desconhecem o real significado e valor simbólico que eles têm pra quem os recebe?

São tantas perguntas semelhantes a estas que é melhor pararmos por aqui e comentarmos o que já temos, senão nosso livro irá virar uma enciclopédia. Mas seremos objetivos para não nos alongarmos demais nesse capítulo.

Vamos aos elementos rituais:

Normalmente uma oferenda contém vários elementos materiais que à primeira vista parecem não ter fundamento. Mas na verdade, todos têm e são facilmente explicáveis.

Frutas, velas, bebidas, flores, perfumes, fitas, comidas, etc., tudo obedece a uma ordem de procedimentos, todos afins a que se destinam.

Senão, vejamos:

Frutos: são fon­tes de energias que têm várias aplicações no plano etérico. Cada fruta é uma condensação de energias que forma um composto ener­gético que, se corre­tamente mani­pulado pelos espí­ritos, tor­nam-se plasmas astrais usados por eles até como reservas energéticas durante suas missões socorristas.

As frutas também servem como fontes de energias sutilizadoras do corpo energético dos espíritos, e como densificadoras dos corpos elementares dos seres encantados regidos pelos orixás e que atuam na dimensão espiritual, onde sofrem desgastes acentuados, pois estão atuando num meio etérico que não é o deles.

Para efeito de comparação, podemos recorrer aos trabalhadores que manipulam certos produtos químicos e precisam ingerir grandes quantidades de leite para desintoxicá-los ou aos que trabalham em fornalhas e precisam ingerir grandes quantidades de líquidos para se reidratarem. Sim, os encantados são seres que, quando fora das suas dimensões de origem sofrem fortes desgastes energéticos.

E esse mesmo desgaste sofre os espíritos que atuam como curadores, quando doam suas próprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os encarnados.

É certo que para si só, um espírito ou um encantado não precisa de alimento algum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas esferas mais densas sofrem esgotamentos parecidos com os mineiros que trabalham em minas profundas. E os que atuam como curadores doam tanto de suas energias que muitos precisam descansar um pouco após socorros mais demorados junto aos enfermos.

Já escreveram tanto sobre Um­banda, Espiritismo, Candomblé, espi­ritualismo, etc., e, no entanto ensinam muito pouca ciência espiritual no que escrevem.

Bem, voltando ao nosso comen­tário, o fato é que as frutas têm muitas utilidades aos espíritos e aos seres encantados que atuam junto dos médiuns umbandistas.

Romã, mamão, manga, uva, abacaxi, laranja, jabuticaba, pitanga, etc., fornecem energias que podem ser armazenadas dentro de “frascos cristalinos” existentes no astral e que, depois de armazenadas, basta aos seus manipuladores lhes acrescentar uma energia mineral que o conteúdo do frasco transforma-se numa fonte irradiante, e inesgotável, de um poderoso plasma energético ao qual recorrerão para curar espíritos enfermos ou pessoas doentes sempre que precisarem.

Afinal, se fosse só para “comer” os frutos, para que um guia espiritual recomendaria ao seu médium uma trabalhosa oferenda? Seria mais prático ele comer na própria casa do médium ou ir a algum mercado, onde se fartaria de tantas frutas que neles existem, não é mesmo?

Só que ninguém atenta para isto: uma oferenda é um ato religioso realizado no ponto de forças de um orixá, que irá fornecer ao espírito que trabalha com o médium um de seus axés, utilizado de imediato, ou posteriormente, em trabalhos os mais diversos.

Uma oferenda obedece a todo um ritual magístico, que por isso mesmo, ou é feito religiosamente ou não passará de uma panacéia. Orixá algum admite panacéias em seus campos vibratórios e domínios energéticos (axés).

Reflitam sobre o que foi escrito porque a oferenda ritual seja ela como ou qual for, é um procedimento religioso. E tem de ser entendida e respeitada como tal, pois no lado oculto e invisível sempre há uma divindade que nela atuará diretamente, ou através de seus encantados ou de espíritos incorporados às suas hierarquias ativas.

Esse procedimento é correto, recomendável e fundamentado em preceitos religiosos. Só durante uma oferenda ritual os guardiões dos axés, após certificarem-se de que eles terão um uso amparado pela Lei Maior, os liberam para o uso particular dos espíritos atuantes nas tendas. Ou alguém acredita que os axés são liberados para uso profano?

Atentem bem para o que foi escrito aqui. Só um desconhecedor dos procedimentos ritualísticos desconhece o fundamento das oferendas rituais.

Afinal, para que um exu de Lei perderia seu tempo acompanhando todo o ritual de despacho de algumas garrafas de marafo na terra? Não seria mais lógico ir a uma destilaria e embriagar-se com os vapores etílicos, lá emanados em abundância?

Existe toda uma ciência divina nos processos ritualísticos, e um exu de Lei a conhece muito bem, além de saber manipular as energias que extrairá dos elementos materiais que lhe forem oferendados.

(texto extraído do livro: “Doutrina e Teologia de Umbanda Sagrada” – Rubens Saraceni - Editora Madras).

Pai Rubens Saraceni.

 

Ação Mágica e Ação Religiosa

Então, para esclarecer de uma vez por todas essa dúvida vou ser didático, porque à partir deste esclarecimento creio que muitas outras dúvidas serão sanadas. Comecemos por esses pontos:

Ação ou ato religioso é aquele on­de o poder divino flui e manifesta-se de dentro para fora das pessoas neces­sitadas de auxilio e amparo.

Ação ou ato mágico é aquele onde o poder divino flui de fora para dentro das pessoas necessitadas de auxilio e amparo.

Também existe uma terceira ação que é mista ou de dupla ação e tanto age de dentro para fora quanto de fora para dentro das pessoas necessitadas de auxilio e amparo e denominada ação mágica-religiosa.

Após isso vamos a outro ponto que deve ser esclarecido e que refere-se ao duplo aspecto que tudo o que existe possui e que são os lados interno e ex­terno. Esse duplo aspecto começa em Deus e alcança até a matéria.

Senão, então vejamos:

Deus possui em si um lado ou as­pecto interno, inerente à sua própria na­tureza divina que é impenetrável e incog­noscível para nós, os espíritos, uma vez que somos emanações dele, que é nosso Divino Criador.

Sabemos que, enquanto espíritos, provimos dele, mas não sabemos como essa geração acontece “dentro” dele pois isso e tudo o mais que existe é gerado dentro desse lado interno, impe­netrável e indevassável e sequer imagi­nável por nós sobre a forma como acon­tece.

Mas Deus possui seu lado ou aspec­to externo, lado esse que pode ser pers­crutado, identificado, estudado e apre­en­dido por nós, os espíritos criados por Ele. Observando e estudando o lado ex­­- ter­­no de Deus descobrimos suas ações ou atos criadores na origem de tudo, desde nós mesmos até a matéria.

Foi essa possibilidade de observar e estudar os aspectos ou o lado externo de Deus que levou a humanidade a des­cobrir a existência das divindades e de um plano ou dimensão divina as criação, ha­bitado só por seres divinos, plano esse que nos é inacessível porque somos espíritos.

A partir da existência dos dois “la­dos” da criação, um interno e outro ex­terno, e da existência desse duplo as­pec­to em tudo o que Deus criou podemos comentar as diferenças entre ações má­gicas e religiosas.

O fato é que toda a ação religiosa se realiza de “dentro para fora” e toda ação mágica se realiza de “fora para dentro”.

Explicando melhor, toda ação reli­gio­­sa realiza-se através do lado interno da Criação e de tudo e de todos criados por Deus.

E toda ação mágica realiza-se atra­vés do lado externo interno da Criação e de tudo e de todos criados por Deus.

Com isso entendido, falta dife­ren­ciar as ações propriamente ditas, para reconhecer qual é uma e qual é a outra.

Vamos a alguns exemplos de ações mágicas e religiosas:

1º - Uma pessoa vai a um centro de Umban­da e ao con­sultar-se com um Guia es­pi­ri­tual, este, após ouvir com aten­ção os pro­ble­mas ou pedidos de aju­da recomenda-lhe que vá até um dos pon­tos de for­ça da na­tureza e faça uma ofe­renda para determi­nado Orixá pois só assim será auxiliado.

Essa é uma ação mágica porque a ajuda virá através da oferenda feita na natureza, à qual o Orixá invocado ati­va­­­rá e desencadeará uma ou várias ações “de fora para dentro” da pessoa.

2º - Uma pessoa vai a um centro de Umbanda e o guia consultado reco­menda-lhe que comece acender velas de determinada cor para um Orixá e depois colocar-se em concentração por determinado tempo.

Essa ação é religiosa porque du­ran­te a concentração, o Orixá firmado atuará por “dentro” da criação e por “dentro” da pessoa trabalhando o lado interno dela desequilibrado devido a al­guma ação mágica negativa que desar­monizou-a internamente ou devido a seus próprios sentimento negativos, que a negativaram em um ou alguns sen­tidos.

Temos aí duas ações onde a pessoa fez duas coisas parecidas, mas ao ir à natureza e fazer uma oferenda para determinado Orixá a pessoa ativou no ponto de forças do Orixá invocado um “campo” mágico a partir do qual será ajudada.

Essa ação vem “de fora” (da natu­reza) para dentro da pessoa (sua vida), auxiliando-a através do seu lado exter­no.

Já no exemplo da vela acesa e con­sagrada para o mesmo Orixá dentro de sua casa e a concentração, recolhi­men­to e isolamento, essa é uma ação religio­sa, porque o Orixá invocado tanto atua­rá pelo lado de dentro da Criação em be­nefício da pessoa, quanto atuará à partir do íntimo dela (o seu lado de den­tro), pois só assim reequilibrará os seus sentidos desequilibrados e só à partir do seu recolhimento, concentra­ção e isolamento momentâneo poderá rearmonizar suas fa­cul­dades men­tais e o seu mag­netismo, recali­brando seu cam­po magnético e ree­nergizando e for­tale­cendo seus cam­pos vibra­tórios, facil­mente traba­lha­­dos de dentro para fo­ra mas de difícil recalibra­gem quando a ação é de fora para dentro, já que a maio­­ria desses de­se­quilíbrios são inter­nos.

Existe uma gran­de difi­­culdade em diferen­ciar uma ação mágica de uma ação religiosa mas sempre é possível perceber as diferenças.

Vamos a mais dois exemplos:

1º - Uma pessoa vai a um centro e o Guia espiritual, recomenda-lhe tome um banho de descarrego feito com fo­lhas de ervas, ou com flores e etc.

Essa é uma ação mágica o “banho” irá remover suas sobrecargas ener­géticas com uma ação de fora (o banho) para dentro (o espírito da pessoa).

2º - Uma pessoa vai a um centro e o Guia recomenda-lhe que faça um “ama­ci” na força de determinado Orixá.

No dia acertado e após certo res­guar­do alimentar e comportamental a pessoa volta ao centro e o dirigente dele, ou um médium graduado aplica-lhe o amaci e manda que recolha-se em sua casa e só retire-o da “coroa” no dia seguinte.

Essa ação é religiosa porque o amaci é aplicado em seu chacra coronal ou no seu “ori” e irá inundar seu lado interno com uma energia elemental consagra­da, imantada e vibracionada pelo Orixá invocado que a manipulará através do lado de dentro da pessoa necessitada desse tipo de auxílio interno ou religioso.

- Um banho de ervas é um ato mágico.

- Um amaci de ervas é um ato religioso.

Um atua de fora para dentro e outro atua de dentro para fora, certo?

Vamos a mais um exemplo:

1º - Uma pessoa vai a um centro pa­ra receber um passe, ou seja, uma ação do Guia Espiritual para ela.

2º - O Guia vê o problema da pessoa e pega seu nome em um papel ou sua fotografia e “cruza-a” e a coloca em seu ponto riscado ou sob os pés de uma imagem “entronada” no altar do centro, desencadeando na vida da pessoa uma ação de dentro para fora, pois tanto o seu ponto riscado está ativado dentro do campo religioso do Orixá sustentador do Cen­tro quan­to todo altar é um portal para o lado divino da Criação.

Nos dois casos, (o ponto riscado do Guia e o altar) toda a ação, ainda que pa­reça mágica, é na verdade religiosa porque o auxílio vira diretamente do “lado de dentro” da Criação e através do Orixá sus­ten­­tador do centro.

No primeiro exemplo a pessoa rece­be com o passe uma ação mágica (será descarregada e trabalhada) por fora.

No segundo exemplo a pessoa será au­xiliada por dentro e será traba­lhada internamente pois o passe ou o descarrego não alcança seu “lado de dentro” e sim, efetua-se em seu espírito e seus campos vibratórios.

Só pelos exemplos que demos já se tem uma idéia de como é complexo o campo religioso e o magístico.

Saibam que a Umbanda serve-se dos dois tipos de ação para auxiliar as pessoas que os freqüentam assim como aos seus médiuns, que também são auxiliados se seguirem à risca as orientações dos seus Guias Espirituais que ora recomendam-lhe acender em casa uma vela para determinado Orixás ou anjo da guarda e ora recomendam-lhe fazer uma oferenda na natureza, ou que tome um banho de ervas, etc.

Por isso muitos a classificam como uma religião mágica, pois nela estão bem ostensivos os dois lados da criação e os dois lados de uma mesma coisa, sendo que um lado é o religioso, ou o interno; e o outro lado é o magístico ou externo.

Esperamos ter fundamentado as práticas de Umbanda, tanto as internas quanto as externas.

Pai Rubens Saraceni.